quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ahhhhhhh as diferenças


Percebi que temos novos seguidores. Fiquei imensamente feliz! Sejam todos bem vindos!

Já devem ter reparado que aqui existe a Bal 1 e a Bal 2. Somos amigas de verdade, alma, alegria, tristezas e palavras.

Somos imensamente diferentes, uma é a água, a outra o azeite, isso vai ficar óbvio nos posts, mas engana-se quem acha que não nos misturamos.

Mas não vim aqui hoje nos apresentar... foi só uma breve explicação desnecessária.

Quanto ao show, tirando a falta de organização e meu atraso, foi lindo! Claro que é para quem sabe entender as neologias e metáforas do Baleiro.

E é sobre isso que vou falar.

Um dia meu irmão 9 anos mais novo que eu, falou com toda a certeza que cabia em sua vida que a pior diferença que existia era a intelectual e cultural.

Não respondi, mas guardei para mim.

Por ser professora, achei um pouco preconceituoso da parte dele. Parece óbvio, já que eu vivo para ensinar e consequentemente tenho que estar sempre aprendendo.

Não nego que meus olhos brilham e alma se engrandece diante uma boa dialética, acho uma troca fantástica. A melhor "invenção" de Sócrates.

Desde criança eu amava ouvir Chico Buarque para interpretar....por aí vai!

Enfim, há 4 meses reencontrei um colega de sala de aula do meu ensino médio, ele sempre me achou a moça mais linda da escola e eu o achava meio heavy metal. Na época não deu liga, seguimos nossos caminhos e no carnaval desde ano de 2010 nos reencontramos e deu a liga do ano.

A química era tão fantástica, como se fossemos feitos para nos encaixar, que virou namoro de sofá... e etc.

Apresentei para os amigos, que olhavam, reparavam e sorriam amarelo.

Como boa virginiana que sou sempre perguntava a opinião e acabava com a mesma resposta:

- Legal!:/

Ele era uma ótima companhia, dono de um savoir affaire fantástico, e muito animado.

Mas percebia que nunca falávamos sério e que eu tinha que descer alguns degraus para ficar à altura.

Eu não estava apaixonada, na verdade estava adorando estar acompanhada, até que um dia ele chegou a minha casa sem avisar - eu estava com roupa de quem fica em casa: camiseta, short, cabelo para cima e chinelo... estou errada? - e cheio de gírias (de 10 palavras 6 eram gírias, eu tenho paúra de gírias, CARA!!!!!) soltou a pérola:

- Cara, mulher minha não fica em casa assim não!!!! Tem que viver de salto!

Eu não respondi, achei melhor.... já que eu já ia tirar a roupa mesmo.

Nunca mudei e essa foi minha resposta.

Aos poucos as graças eram as mesmas, um parágrafo nunca era completado e o assunto do happy hour era sobre sexo. Claro que ganhei o apelido de coroa.

Em um feriado prolongado reuni toda a turma e fomos passar o final de semana em uma chácara bem legal, ele percebeu a diferença cultural que nos dividia e numa sensibilidade leonina, pediu para que eu o ajudasse a ser mais culto.

Concordei, embora saiba que isso não existe. Tem coisa que vem de berço, é cultural.

Como é que eu faço para que uma pessoa que escuta Rebolation e ainda sabe a coreografia, passe a ler Lispector ou ao menos passe a ouvir Skank?

É a mesma coisa de pedir para eu fazer a dança da bicicletinha e agradecer a DEUS por estar aprendendo algo.

As coisas foram distanciando, o papo não fluía.... só os corpos se grudavam, mas eu já estava achando tão pouco para não dizer quase nada e ele estava percebendo.

Até que em uma crise existencial dele, me ligava só para manutenção e eu? Achava o suficiente. Dentro de mim já não era mais namorado, era qualquer coisa....um rótulo, uma invenção.

Em uma segunda feira ligou dizendo que precisávamos conversar e que às 22h30min passaria aqui, sem pestanejar respondi:

- Não vou esperar até as 22hs para terminar um namoro, sei que não começamos a namorar por telefone, mas não sou obrigada a escutar tudo aquilo que sempre é dito - Você é demais para mim-.

O motivo segundo ele, era que tinha ido a um culto evangélico e que o sermão da noite era: O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO PODE SEPARAR! Portanto, iria tentar resgatar seu casamento fracassado!

Com toda a verdade do mundo desejei felicidades (tive pena) e ouvi a pergunta: - Você não vai gritar chorar... É essa sua reação?

Sim foi essa a minha reação.

Não sofri, nem chorei... JURO!

Só entendi que assim como misturar bebidas dá ressaca, misturar gente também dá.

Salve Matha Medeiros.

Cada um constrói a sua cultura, seus interesses, suas curiosidades isso é inerente para ser gente.

Eu quero mais, sou ávida por uma boa conversa, por uma boa música, por livros que fazem viajar...Menos que isso que me deixa pouca.

Sou louca por gente interessada e interessante. PELOAMORDEDEUS não pare nunca de aprender!

Nota do dia:

"O NOSSO AMOR A GENTE INVENTA PARA SE DISTRAIR E QUANDO ACABA A GENTE PENSA QUE ELE NUNCA EXISTIU." CAZUZA

Os: Todos os amigos juntos gritaram: GRAÇAS A DEUS e ao Pastor!!!!!


BAL 2

2 comentários:

Diario de duas Balzaquianas disse...

Rs... Aleluia Senhor!
Desculpa, não resisti...
Amiga, a real é a seguinte... Joga a agenda do colégio fora... O que sobrou daquela época ou está casado... Ou é um zero à esquerda na vida e tem que ser sustentado... Ou é emocionalmente perturbado... Ou virou gay! :(
Infelizmente!
Compra uma agenda 2011... É... Pq 2010 já está na metade, nem vale a pena... E começa tudo de novo...
Beijos!
Amo-te!

BAL 1

Tita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.